domingo, 19 de outubro de 2008



Até mais.

Pego-me a questionar Deus, os porquês são inevitáveis; dentre eles, o porque da morte é o que mais instiga inconformidade. De que serviriam tantos percalços, tantas alegrias... De que adiantariam tantas preocupações e tantas responsabilidades se no fim sedemos nosso lugar ao vão da dor, e conformidade a ela – a morte. Sinto-me ferido, meio órfão... Triste. A conseqüência da vida, levara para o plano azul-eterno uma estrela, que a meu ver, merecia brilhar um pouco mais aqui em nosso plano, porém Deus a quis ao seu lado... Fazer o que senão chorar e se conformar com a ausência de seu brilho mais próximo.
Deste mundo não carregamos nada, senão a lembrança do que vivemos; a certeza do que fomos, e a vontade de estar mais um segundo ao lado de quem amamos. Porém nem sempre da tempo, as vezes, nem da tempo de se despedir; aí a dor é ainda maior.
Quando isto acontece é como se retirassem um órgão nosso corpo ao dormirmos, dando-nos anestesia. Quando acordamos sentimos dor duas vezes, pela falta e pela incisão em nosso corpo; embora saibamos que a eternidade seria mínima para a despedida, conformaríamos mais se pudesse-mos contar com ela – à eternernidade.
Não tenho duvidas de que você, tia Cláudia, esta em um lugar maravilhoso, cheio de paz, diferente deste mundo de guerras e monstruosidades que se constrói aqui em meu plano. Este mundo parece não ser para gente do bem como você, por isso conformo-me com sua partida.
Conto agora com sua luz lá de cima; ajude-me a aceitar a dor que é não poder te dar um abraço apertado ao te ver na rua, e a acostumar-me a não ter-la para bater um papo descontraído sobre as nossas novidades, dói muito não te ter mais aqui, vai continuar doendo até o dia que eu também for chamado pelo nosso Pai – Deus. Ficam saudades, e lembranças da quarta série, da banca e de seu mantra sempre que me via com Djara: “Eita, dupla imbatível”... A dor é inevitável, você realmente é especial para mim, nunca te esquecerei. Digo: é especial, porque anjos não morrem, como já havia dito, só mudam de plano. Obrigado por tudo, “até mais”, em breve nos veremos... Afinal, a única coisa que há de eterno no meu e no seu novo plano é o amor que se guarda. Te amo!

Saudades

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