domingo, 19 de outubro de 2008

Apagam-se as luzes.

Apagam-se as luzes

Passam por mim as madrugadas, turvas e gélidas.
Sopra em meu pescoço o vento seco da lua.
Meu pensamento voa, e voa... Logo, desce, e pousa.
Dentro do meu quarto estão estagnadas minhas coragens, meus concertos.
Ao meu lado, só a solidão e o tempo.
Dia este, já esta por ir, e aqui ainda estou - conformado.
Porque não estaria alegre?
Será que foi o choque das minhas estrelas com as asas que estivera a pousar.
Não, pouco provável diria: afinal, estas asas eram minhas, só minhas.
Não houve choque.
Sabe o que aconteceu? Enganei-me com o que acreditava que me fazia bem.
No fim acabei ficando mal, mau.
Algum tempo depois, sem sangue, sem álcool... Sem combustível, as velas apagaram.
Minhas estrelas reservas, que outro dia pensei que fossem veteranas... Decidiram que não iam nem fazer esforço para se acenderem... Fizeram o que menos esperava.
Saíram, pela porta da frente, da minha casa, de mim; brancas e escuras.
Apagadas na verdade, carentes de um corpo abastado de energias que em mim estavam escassas!

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