quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Grampeado? Eu?

Sua vizinha já foi grampeada? Seu padeiro alguma vez reclamou sua privacidade telefônica? Provavelmente, não. Toda a euforia em relação aos grampos do presidente da suprema corte e de meia dúzia de executivos tem – para nós – grande significância, estamos a par das falcatruas e aparte dos “bisbilhoteiros camaradas”.
Não é novidade para ninguém, os desvios de verba, subfaturamentos, e todas as outras ilegalidades cometidas pelos engravatados dos três poderes, virou “de prache”. No entanto, hoje é possível aponta-los, já que contamos com serviços especializados a tal, anos atrás isto não acontecia... Roubavam a esmo, sem o mínimo pudor, era o dito “só entre nós”; Oxalá, hoje, é só entre vós, respectivamente político, povo e ABIN.
O lado positivo, é que estamos a salvo (dos grampos), embora corramos o risco de tornarmos-nos vereadores, como já advertia Maquiavel: “o poder corrompe”, e ali estariam mais umas escutas. A honesta população – que perdura - em via de regras, esta exenta deste transtorno, apenas age como Juizes de primeira vara, onde a barbárie é de sua suma responsabilidade, hão de se valerem os votos!
A questão, por fim, não é se esta certo ou errado grampear o presidente do supremo tribunal ou o gari... Se houve uma escuta, foi por algum motivo! A ABIN não brincaria em serviço, O que não dá para entender é o “comum” sentimento de ofensa; ora, não fomos atingidos, tampouco sabotados... O Brasil (isso quer dizer – o povo!) esta cada vez mais alienado, com o discurso do opressor, faz sentido? Pois é, é este tipo de atitude que infelizmente nos puxa para o fundo do poço, desta vez sem celular e sem escuta ainda que esta seja facilitada por berros.

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